Enquanto a economia brasileira dá sinais de boa recuperação, com projeções do PIB que alcançam 5% de crescimento, o mesmo não acontece com o jornalismo impresso que não acompanha esse reaquecimento das atividades produtivas.
Segundo o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), a imprensa tradicional escrita sofreu uma retração de 12,2% no primeiro semestre. Na lista dos cinco jornais que mais sofreram prejuízos estão Super Notícia (-25,2%), O Povo (-12,7%), Correio (11,1%), Zero Hora (-10,4%) e Folha de São Paulo (10%). O Globo, maior jornal de circulação impressa do País, também sofreu encolhimento.
Esse descompasso entre o jornal impresso e a nova dinâmica da economia brasileira não é fruto de uma conjuntura adversa, mas de uma tendência que já vem se apresentando há cinco anos e que se acentuou com a pandemia e a consequente retração econômica resultante das medidas de paralisação e fechamento das atividades produtivas. A verdade é que a imprensa tradicional escrita, embora ainda tenha um grande peso e um público fiel, vem perdendo cada vez mais espaço para as mídias digitais.