A Fiocruz informou, através do Boletim do Observatório Covid-19, que desde o dia 20 do mês passado que a incidência e o número de óbitos da Covid-19 vêm caindo em todo o País, o que reflete na diminuição da ocupação dos leitos de UTI.

Quinta-feira (8), o Brasil registrou, pela segunda vez, uma média de mortes abaixo de 1.500 pessoas, o que demonstra que está no caminho certo no combate ao vírus chinês. Segundo os últimos dados enviados pelos estados ao Ministério da Saúde, o Brasil registrou, sexta-feira (9), uma média de 1.509 mortes por Covid-19, uma pequena subida que não altera o quadro geral de declínio da pandemia no País.

Por outro lado, o Brasil atingiu a meta estipulada pelo ministro da Saúde Marcelo Queiroga que é de 1 milhão de doses diárias aplicadas. Só em junho, isso se repetiu 18 vezes, sendo que no dia 17, foram aplicadas 2.259.621 doses, um marco na história da Saúde brasileira.

Entretanto, nessa luta contra o Coronavírus, existe uma enorme diferença entre a quantidade de doses distribuídas pelo governo federal, através do Ministério da Saúde, e o número de doses aplicadas nos estados e municípios. Das 143.996.958 doses enviadas, somente 109.953.742 foram aplicadas, o que demonstra uma certa deficiência na distribuição, fiscalização e logística dos governos estaduais e das Prefeituras que também vêm sendo acusadas, em muitos casos, de desenvolverem uma política de fura-filas, prevaricação na política de vacinação, com atrasos ao atendimento à população, vencimentos dos prazos de validade das doses e até comercialização delas.

Juazeiro do Norte/CE é uma prova dessa prevaricação, tendo sido, inclusive, proibido pelo TRF-5 de receber mais doses enquanto não se adequasse ao calendário de imunização preconizado pelo Ministério da Saúde.

O Ceará, até dados atualizados às 15 h 13 min de quinta-feira (8), tinha aplicado somente 3.441.128 das 5.380.288 doses enviadas pelo governo federal, fato pelo qual não se justifica dizer que Fortaleza está com estoque reduzido de vacinas.

Apesar da discrepância entre o que o Ministério da Saúde envia e o que os estados e municípios aplicam, o Brasil está vencendo a Covid-19 e, mesmo tendo um longo caminho pela frente, tem a certeza de estar no caminho certo, caminho esse que seria facilitado se houvesse uma política de unidade nacional em vez do falso discurso de muitos governantes que falam em "salvar vidas" enquanto escondem vacinas em suas câmaras geladas.