A semana que se encerrou ontem (29.03) colocaram quatro figuras tarimbadas no cenário nacional no centro das atenções de polêmicas religiosas.
Na terça-feira (25.03), a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) publicou uma nota de repúdio à denúncia tresloucada da deputada federal Sâmia Rivotril, digo, Sâmia Bomfim (PSOL-SP) feita ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) contra a cantora Baby do Brasil por esta ter dito, em um culto na boate D-Edge, que a concessão do perdão é uma escolha para todas as pessoas, inclusive para as vitimas de abuso sexual.
Sâmia, conhecida pelos colegas parlamentares por seu comportamento desequilibrado, acusou Baby de ter incentivado o perdão incondicional aos abusadores. Isso vindo de uma deputada cujo partido é contra a castração química de estupradores.
Em sua nota, a ANAJURE classificou a ação desarrazoada da deputada como "uso indevido do sistema judicial para atacar a liberdade religiosa" e "desprovida de fundamento jurídico", uma mera tentativa de "punir e restringir a expressão pública dos valores cristãos no Brasil" através de um policiamento político e ideológico.
Quanto à denúncia, foi prontamente arquivada pelo MPSP que declarou que a cantora apenas exerceu a sua liberdade religiosa e de expressão.
Será que a deputada esqueceu que Jesus falou para Pedro que é preciso perdoar 70 X 7 vezes, em Mateus? Ah!, esqueci. Sâmia é marxista. Mas ela ao menos deveria ter lembrado que o perdão citado por Baby é de natureza íntima, pessoal, e não jurídica como a postura do PSOL que, essa sim, defende estupradores de uma pena maior no âmbito jurídico.
Também na terça-feira, o padre Júlio Lancelotti, famoso por sua atuação polêmica na Cracolândia, foi alvo de comentários ácidos ao ser benzido pela mãe de santo Juci de Oyá nos bastidores do programa Sem Censura Pará.
Nas redes sociais, o episódio despertou debates ferrenhos. Alguns internautas defenderam o padre dizendo que se tratou de um respeito à diversidade religiosa. Muitos católicos, no entanto, desaprovaram a atitude de Lancelotti. "Respeitar outras religiões não significa misturar crenças ou relativizar a fé católica", disse um internauta. "De acordo com os ensinamentos da Santa Igreja, esse padre aceita o que é considerado como pecado mortal", escreveu outro.
Já a apresentadora e protagonista de cena de pedofilia Xuxa Meneghel, a loira dos olhos azuis que tem uma fortuna de mais de meio bilhão de reais e que batalhou, nas redes sociais, pelo cancelamento da cantora e apresentadora negra Jojô Todynho, de origem favelada, protagonizou seu segundo escândalo relacionado ao lançamento do seu álbum infantil Só Para Baixinhos 14. Desta vez, no programa de Ana Maria Braga, na TV Globo, exibido quinta-feira (27.03).
Recriminada por suas próprias seguidoras pela foto erotizada da capa do álbum, eis que a loira foi para o programa da outra loira com brincos que faziam alusão ao 666, número da Besta do Apocalipse. As redes sociais não perdoaram. Um dos comentários resumiu a situação dizendo que "o pacto está renovado".
O ator global José Loreto também não passou ileso pelo crivo dos católicos. Contratado para encenar Jesus Cristo na Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, o maior espetáculo artístico religioso a céu aberto do planeta e que acontece em Pernambuco, Loreto desfilou na Sapucaí, pela Vila Isabel, como diabo.
Com a repercussão negativa da encarnação carnavalesca, os organizadores do evento pernambucano até quiseram rescindir o contrato do ator, mas voltou atrás diante da multa contratual que teria que pagar caso decidisse pela rescisão.
Diante da situação, a organização da Paixão de Cristo declarou: "Deixaremos claro para todos os atores dos próximos anos não realizarem papéis controversos durante a contratação".
