O jornal O Estado de S. Paulo reportou que algumas das ONGs selecionadas para receber fundos públicos possuem vínculos com petistas e membros do próprio ministério. Entre elas, destaca-se uma organização associada a um empresário acusado de desvio de recursos culturais, além de outra administrada por um candidato a vereador que utilizou o espaço para atividades eleitorais.
Dos 26 escritórios estaduais, 19 são liderados por membros do PT, um por um filiado ao PSB e outro por um integrante do PSOL. Os cinco coordenadores restantes, embora não tenham filiação formal, possuem conexões políticas significativas. Um exemplo é o chefe do escritório na Bahia, que, apesar de não estar na lista oficial de filiados ao PT, trabalhou em três mandatos no gabinete do deputado federal Jorge Solla (PT-BA).
No Paraná, Loana Campos, chefe do escritório, não é filiada ao PT, mas tem fortes laços com João Paulo Mehl, articulador do comitê estadual e membro do partido. Campos foi nomeada em outubro de 2023.
O Ministério da Cultura defende que a seleção dos comissionados é baseada na experiência no setor cultural e não em filiações partidárias. Entretanto, o governo Lula é visto como operando com uma ampla base partidária para promover a coalizão política e fortalecer a democracia.