Ela ainda deverá pagar indenização às vítimas, pelo menos valor do prejuízo causado. A decisão, porém, ainda cabe recurso, de acordo com o g1.
Segundo o juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 7ª Vara Criminal da Capital, "a ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si com a aplicação especulativa daquele capital".
A estudante "traiu a confiança de seus pares", ainda conforme a decisão judicial, o que revela a prática de estelionato.
O advogado de Alicia, Sérgio Ricardo Stocco, informou que soube da decisão "há pouco tempo", mas adiantou que irá recorrer.
Em janeiro de 2023, a estudante de medicina de 25 anos foi indiciada por suspeita de apropriação indébita de R$ 1 milhão do fundo de comissão de formatura da própria turma.
A jovem declarou que buscou investir o valor, mas perdeu dinheiro por não ter conhecimento em finanças. Posteriormente, tentou recuperar o valor perdido jogando na loteria. Alicia chegou a ganhar cinco vezes na loteria em 2022.
Investigações conduzidas pelo 16º Distrito Policial apontaram que a estudante também usou parte do montante para cobrir despesas pessoas. Os gastos no cartão de crédito subiram de R$ 2 mil para R$ 7 mil.
De acordo com membros da comissão de formatura, o dinheiro para a formatura vinha sendo arrecadado pela empresa ÁS Formaturas há quatro anos. No fim de 2021, Alicia, que era presidente da comissão, solicitou a transferência dos valores para uma conta pessoal dela sem o aval de outros estudantes integrantes do grupo.
"Ninguém sabia até o dia 6 de janeiro de 2023 que ela havia retirado dinheiro da conta da ÁS", disse um representante da comissão que não quis ser identificado. Foi nessa data que Alicia, por meio de uma mensagem de Whatsapp no grupo da comissão, afirmou ter perdido todo o dinheiro.