O detento chama-se Cleriston Pereira da Cunha e tinha 46 anos. Ele era irmão do vereador Cristiano Pereira da Cunha (PSD), do município de Feira da Mata, no Oeste da Bahia.
Cleriston cumpria prisão preventiva, acusado de participar da invasão ao Congresso Nacional. De acordo com as primeiras informações, ele teria sofrido um infarto fulminante. Outros detentos tentaram reanimá-lo com massagem cardíaca, mas ele não resistiu e morreu no local.
A Polícia Federal (PF) investiga as causas da morte. O corpo está no Instituto de Medicina Legal (IML), onde passará por necropsia.
Ele estava na prisão desde que 08/01. Na ocasião, a polícia o prendeu dentro do Senado. Em abril, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes e, dessa forma, tornou-se réu. Ainda não havia previsão de quando ele seria julgado em definitivo.
Há dois meses, a PGR concordou com um pedido de liberdade apresentado pela defesa. O órgão considerou que o fim da fase de instrução, com as audiências das testemunhas e do próprio réu, possibilitava a soltura. Mas o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, não chegou a analisar a solicitação.
De acordo com registros médicos da penitenciária, o preso sofria de diabetes e hipertensão e utilizava medicação controlada. Ele recebeu atendimento médico em seis ocasiões entre janeiro e maio. Além disso, precisou ser deslocado para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) em maio.