O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) fornece dados que revelam que os casos de incêndio se intensificaram a partir da segunda quinzena de outubro. Os focos de incêndio atingiram o ápice entre 30 de outubro e 5 de novembro, com 875 focos contabilizados nesse período. A situação tornou-se ainda mais preocupante com os 720 incêndios identificados apenas nesta semana.
O boletim diário da Operação Pantanal 2023 destaca um aumento significativo na área afetada pelos incêndios, especialmente na região sul-mato-grossense do Pantanal. A presença de quatro frentes de combate, com ênfase na região do Paiaguás, ao norte de Mato Grosso do Sul, indica a gravidade da situação e a necessidade de esforços intensivos para conter e controlar os incêndios.
Na quarta-feira (15/11) o fogo chegou a avançar pela rodovia Transpantaneira, mas foi possível conter as chamas e evitar o avanço nas casas do local. “Dividimos as equipes e conseguimos segurar o fogo que pulou a Transpantaneira e proteger as residências”, disse o chefe de operações Helder Marques à EBC.
Segundo ele, a prioridade no momento é a proteção das propriedades. “Estamos tentando conter o incêndio de maneira geral, mas sempre visando proteger a comunidade”.
O aumento de incêndios no bioma levou os internautas a protestar contra o Governo Federal. O termo #LulaNero chegou ao primeiro lugar dos assuntos mais comentados do Brasil na rede social X (ex-Twitter). O termo faz alusão ao imperador romano Nero, que colocou fogo em Roma. Além disso, os internautas questionam a piora na situação das queimadas em comparação ao discurso de Lula e dos petistas durante a campanha, quando acusavam Jair Bolsonaro de ter sido negligente com as queimadas no país.