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Governo do AM diz que integrante do Comando Vermelho não tinha legitimidade para ir a evento

Publicada em 17/11/23 às 05:21h - 918 visualizações

Rubens Anater, Estadão


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Governo do AM diz que integrante do Comando Vermelho não tinha legitimidade para ir a evento
Luciane Barbosa, integrante do Comando Vermelho, em evento do Ministério dos Direitos Humanos em Brasília  (Foto: Reprodução/Instagram/Luhfarias)
O governo do Amazonas confirmou que Luciane Barbosa, apontada como integrante do Comando Vermelho, foi indicada por um órgão estadual para participar de evento no Ministério dos Direitos Humanos (MDH) no início de novembro, mas que ainda não havia sido nomeada para o cargo. De acordo com o Executivo estadual, ela “não tinha legitimidade para ter participado do encontro como representante do colegiado”.

Como mostrou o Estadão, a “dama do tráfico amazonense” foi representante do Estado durante evento do MDH nos dias 6 e 7 deste mês, com passagens e diárias pagas com dinheiro público. O Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, que reuniu mais de 70 pessoas de todo o Brasil. Todos os participantes receberam passagens e diárias bancadas pelo ministério e a indicação deles foi feita por comitês locais, como no caso de Luciane.

Segundo o governo amazonense, a integrante da facção criminosa foi indicada para o comitê como representante da sociedade civil pelo Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), presidido pela própria Luciane. Para participar do evento, ela foi indicada pela presidente interina do comitê, Natividade de Jesus Magalhães Maia, que também é representante da sociedade civil, conforme a administração estadual comandada por Wilson Lima (União Brasil).

O Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura, vinculado à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania (Sejusc), é composto por integrantes do Executivo, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Amazonas (OAB-AM) e da sociedade civil do Amazonas. “Diante das informações divulgadas, a Sejusc questionará à sociedade civil quanto à manutenção do nome de Luciane como parte do comitê”, disse o governo do Amazonas.

Na quarta-feira, 15, o Ministério dos Direitos Humanos afirmou ao Estadão que Luciane foi indicada pelo Comitê Estadual do Amazonas, sem participação de autoridades federais. “Nem o ministro nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiu na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes.”

Conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, Luciane é acusada de ser o braço financeiro do Comando Vermelho no Estado. Ela é casada há 11 anos com o traficante Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, um dos líderes da facção no Amazonas. Ela e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Tio Patinhas cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Luciane foi sentenciada a dez anos e recorre em liberdade.

Estadão entrou em contato com o Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

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Integrante do Comando Vermelho esteve em órgãos federais

Como revelado pelo Estadão, o evento de novembro foi a terceira passagem de Luciane Barbosa por órgãos federais em Brasília. O Ministério da Justiça, comandado por Flávio Dino, a recebeu duas vezes no intervalo de três meses, e o próprio Ministério dos Direitos Humanos já havia recebido uma visita dela em maio.

No dia 19 de março, a “dama do tráfico amazonense” esteve com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça. Pouco tempo depois, em 2 de maio, ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), também ligada à pasta.

Em maio, Luciane entrou no Ministério da Justiça como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA). No papel, uma ONG de defesa dos direitos dos presos e que, segundo a Polícia Civil do Amazonas, atua em prol dos detentos ligados à facção criminosa. Criada no ano passado, a organização também seria financiada com dinheiro do tráfico, de acordo com investigação sigilosa à qual o Estadão teve acesso.




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